licença para falar

Thursday, August 25, 2005



Combate ao terrorismo, versão Rosa presidencial :

Directamente do "Abrupto" , o tal de que está em queda nas "blogmetragens" mas que convém dar uma olhadela nem que seja pelo direito ao contraditório.

É assaz abrupta a leitura de JPP sobre o apelo presidencial ao combate ao "nosso" terrorismo:

"A medida governamental sobre a limpeza coerciva das matas é neste momento uma típica manobra de desresponsabilização do estado, mostrando um governo que, não tendo coragem política nem vontade de fazer o que pode fazer, nos distrai prometendo o que não pode fazer. Só quem desconheça a realidade do nosso país é que pode acreditar que a limpeza coerciva da mata tem um átomo de realismo e não é puro engano, só eficaz para quem nunca saiu da cidade.
A legislação portuguesa está cheia destas medidas feitas nos gabinetes de Lisboa, ou por engenharia utópica e perfeccionismo jurídico, ou, como é o caso, para dar uma falsa resposta desresponsabilizadora a um problema que entra pelos olhos dentro - em Portugal, não há capacidade, por múltiplas razões, umas estruturais outras conjunturais, para controlar incêndios no Verão. Entre essas razões muitas exigiriam a atenção e medidas do estado, certamente mais realistas e eficazes, mas estas não são tomadas porque afectam interesses instalados.
Não me venham dizer que a limpeza coerciva das matas atinge qualquer “interesse”, ou que apenas se lhe resiste por uma visão da defesa da propriedade privada, naturalmente maléfica dada a natureza da dita “propriedade”. Não há nenhum “interesse” atingido na medida, porque pura e simplesmente ela é, insisto, completamente abstracta e irrealista e, como é obvio, não é aplicável, nem para aplicar. Como milhares de outras, como seja a legislação que obriga as Juntas de Freguesias a fazer um cadastro e a controlar a vacinação dos animais domésticos. Alguém imagina um Presidente da Junta a ter que andar atrás dos seus vizinhos para eles registarem os gatos e os cães, num meio rural, pequeno e denso de conflitos como são as aldeias?
Alguém acredita que um estado, um governo, que assiste indiferente ao lançamento proibido de foguetes, com completa impunidade, uma actividade pela sua natureza impossível de esconder, em distritos com risco máximo de incêndios, e com quarenta graus de temperatura, pode obrigar alguém a uma actividade tão cara, - sim meus senhores, porque é cara, - como seja ter as matas limpas? Alguém acredita que um estado, um governo, que permite, de uma ponta à outra do país, a actividades ilegais na exploração de inertes, e que não fecha uma pedreira, pode obrigar á “limpeza coerciva”, sem ter uma polícia própria para os matos e brigadas de limpeza com mais gente do que todo o pessoal municipal hoje existente? Sem outra economia, sem outro ordenamento, sem outra política local?
Só para se perceber porque razão é que o problema é em primeiro lugar de autoridade do estado, podemos ir aos exemplos do que podia ser feito e não se faz. Já algum director de um Parque Natural foi demitido porque o seu Parque não estava limpo? Não, por duas simples razões: uma, porque em muitos casos a sua nomeação é política e é intocável pelo partido que lá o colocou; noutra, porque ele dirá que não tem meios, nem dinheiro para o fazer e provavelmente está certo. Já alguma Comissão de festas foi responsabilizada pelo lançamento proibido de foguetes, apesar de isso ter acontecido por todo o lado nas festas deste Verão? Não, porque o lançamento de foguetes é popular, estamos em vésperas de autárquicas, e sem foguetes, dezenas de fabriquetas de pirotecnia entrariam na falência na nossa frágil economia. Fecha-se os olhos. Todos sabem, ninguém actua.
Vamos ter mais legislação perfeita e inaplicável, para boa consciência dos governantes. Somos o país da legislação perfeita (já leram a legislação sobre pedreiras? É aplicada nalgum sítio? Onde está uma pedreira recuperada depois do fim do período de extracção? Onde o estado (e o governo) não faz o que já pode fazer, para nos enganar, promete o que não pode fazer."
Os nossos agentes no terreno conseguiram as fotos exclusivas das "brigadas anti-terroristas" criadas em resposta ao apelo presidencial.
post by : Melpómene e Postman

Wednesday, August 24, 2005

LIBERDADE PARA ESCOLHER .:

Está nas suas mãos. Não dos "Senhores da Guerra", nem dos pensadores dos pobres, nem dos opinion makers pagos a peso de Euros. Está no seu bom senso, no que lhe diz a sua consciência. É apenas pensar um pouco mais a sério e saber que tem a sua oportunidade de escolher livremente:

LISBOA:
Num dos lados : um Técnico Competente, sem ambições políticas, independente e que quer fazer obra pela cidade.
Do outro Canto : Um Filósofo Político profissional, com aspirações políticas, com mudanças de humor e de posicionamentos constantes, sempre em defesa dos seus interesses pessoais. Arrogância intelectual acima da média, diz ter mais de 30.000 caracteres de ideias para Lisboa.
A escolha é sua!

OEIRAS :

Um "Senhor da Guerra política" com obra feita, ainda hoje não se sabe bem com que métodos. Popularucho q.b., tem no seu charuto cubano o símbolo do seu poder. Acha que tem direito ao lugar como pagamento da divida da população de Oeiras tem pelo que fez .... e não como o fez. Faz parte de uma geração que utiliza este métodos de relacionamento com o eleitorado e cujo um dos exemplos foi o de Fernando Gomes no Porto em 2001. A enfrentar este "poder", uma mulher de coragem, que quer ser um "Exemplo" que com "elas" é possível trabalhar e respeitar para com a população. Muitos duvidam da sua capacidade de liderança e de gestão da Câmara... talvez por ser mulher.
A escolha é dos Eleitores de Oeiras.
Em 2001 no Porto, a escolha foi clara.
SINTRA:

De um dizem que foi o melhor presidente da câmara de Lisboa.... dizem os seus amigos, claro. O facto é que perdeu as eleições ( em coligação ) contra PSL. Foi tão bom, que os Lisboetas deram-lhe férias antecipadas. Depois não conseguiu ganhar no seu partido, mesmo sendo o melhor presidente da CML!! e finalmente escolher candidatar-se ao concelho com maior especulação imobiliária do país e certamente da Europa, que ele irá parar??

Do outro está o homem que sonha em vir a ser presidente. Não sabemos se de Sintra, porque existem pessoas que dizem que ele não queria e lá ganhou, mas de certeza da FPF ou do seu SLB. É um homem de consensos e por isso com alguma credibilidade mas, também tem sido por isso, que não foi tão reconhecido no trabalho desenvolvido. Consta que as propostas levadas a reunião de Câmara eram retiradas até haver consenso entre todos os vereadores. Terá que mostrar em campanha se quer ou não ser de novo presidente dos eleitores de Sintra.

PRESIDENCIAIS :


Eu já não estou em reflexão!!! Mas convido-vos a reflectir.

Um crime na Ota (por Miguel Sousa Tavares)

Uma história de 2 aeroportos:

Áreas:
Aeroporto de Málaga: 320 hectares,
Aeroporto de Lisboa: 520 hectares.

Pistas:
Aeroporto de Málaga: 1 pista,
Aeroporto de Lisboa: 2 pistas.

Tráfego (2004):
Aeroporto de Málaga: 12 milhões de passageiros, taxa de crescimento, 7% a>8%ao ano.
Aeroporto de Lisboa: 10,7 milhões de passageiros, taxa de crescimento 4,5%>ao ano.

Soluções para o aumento de capacidade:
Málaga: 1 novo terminal,
investimento de 191 milhões de euros,
capacidade>20 milhões de passageiros/ano.
O aeroporto continua a 8 Km da cidade e continua a ter uma só pista.

Lisboa: 1 novo aeroporto,
3.000 a 5.000 milhões de euros,
solução faraónica a 40Km da cidade.

É o que dá sermos ricos com o dinheiro dos outros e pobres com o próprio espírito.
Ou então alguém tem de tirar os dividendos dos terrenos comprados nos>últimos anos.

Ninguém investiga isto?


É preciso fazer alguma coisa!

Pelo menos divulguem

Caro MST , cumpri o meu dever !


Pois, tinha que ser .

Após alguns meses a colocar "comments" noutros bolgs muito considerados, requeremos uma licença para poder colocar a opinião livre, anónima, codificada ou identificada sobre o que nos vai na Alma.

"Licença para Falar" é um blog criado por quem é de formação católica, social-democrática, Patriota, benfiquista mas com a liberdade de questionar e opinar contra a sua própria formação.

E é isso que se pretende : "os agentes" com licença para falar terão que ter este sentido de "Estado", em dizer o que lhe vai na alma mesmo que seja para colocar em causa os seus próprios "generais".

Assim Seja!